Boas novas para a indústria do turnaround: bancos se reorganizam para viabilizar reestruturação de d


Já não era sem tempo. Os bancos estão preocupados!

Como noticia o caderno de economia do UOL, diversas instituições financeiras tem demonstrado extrema preocupação em ampliar seus esforços para “conter” o rápido avanço das recuperações judiciais no Brasil (http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2016/07/25/bancos-brasileiros-tentam-conter-onda-de-recuperacoes-judiciais.htm).

Nada mais verdadeiro. O número de recuperações tem realmente avançado conforme comentado recentemente no blog do Roux Advocacia (https://rtrr.com.br/), onde falamos sobre o expressivo aumento no número de pedidos, assim como a ineficiência de nosso sistema, e o enorme desafio que estes os fatores representam para o judiciário e para todos nós, advogados, consultores e assessores que atuam com operações de turnaround. E, é claro, sobre o desafio que representam para os empresários que precisam da proteção da recuperação judicial.

Também já explicamos que, na nossa visão, e de acordo com a nossa prática, é preciso alterar a abordagem que todos os operadores fazem do sistema de recuperação judicial. Melhorar o ambiente da recuperação do empresário é, em última análise, melhorar a condição de recuperação do crédito e, assim, a posição de liquidez dos próprios credores.

Não é a toa que a notícia mencionada também traz a informação de que “os bancos brasileiros elevaram suas (…) provisões para empréstimos de liquidação duvidosa por três trimestres seguidos. As provisões equivaliam a 6,2 por cento da carteira de empréstimos total dos bancos em maio, maior proporção em quase seis anos, segundo o Banco Central”.

O resultado?

Diversos bancos já perceberam que conseguem melhorar os resultados de seus esforços de recuperação de crédito viabilizando a reestruturação da dívida das empresas devedoras. Por isso que Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander criaram divisões internas focadas na viabilização da reestruturação das dívidas de seus clientes.

E quem está na linha de frente em negociações com bancos, especialmente representando empresas em recuperação judicial, tem percebido uma sensível melhora no tratamento dispensado. Temas como carência, repactuação de juros, haircuts (deságios), liberação de garantias, antes verdadeiros tabus na mesa de negociação, hoje parecem estar na ordem do dia dos negociadores que representam as instituições.

Mas, claro, é preciso evitar armadilhas. A renegociação (ou reperfilamento) precisa ser feita com responsabilidade e cuidado.

***

Rodrigo Roux é sócio fundador do escritório Roux Advocacia, banca especializada em Resolução Estratégica de Conflitos. Com experiência em falência e recuperação judicial, contencioso, arbitragem, compliance, ambiental, concorrencial e prevenção de fraudes. O escritório atende clientes nas mais diversas indústrias, dentre elas aeronáutica, construção, química, produtos de consumo e varejo, energia, saúde, serviços financeiros, dentre outros.

Para maiores informações acesse o link: https://rtrr.com.br/

#Reestruturação #Turnaround #Recuperaçãojudicial

Comments are disabled.